Ciências

Pesquisadores vinculados à UFMT participam de enciclopédia


Plataforma está disponível para acesso na internet

Tratamento precoce, fake news, vacina, isolamento social, quarentena, pandemia  etc. Todos estes termos invadiram o vocabulário dos brasileiros no início de 2020 por conta da pandemia da Covid-19. Considerando tal contexto, pesquisadores de 14 instituições de ensino do Brasil e exterior, incluindo vinculados à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), uniram-se para criar a Enciclopédia Discursiva da Covid-19. A iniciativa é comandada pela equipe de Curadoria Linguística do InformaSUS da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Da UFMT, participam os professores Roberto Leiser Baronas, da UFSCar e docente colaborador do Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem (PPGEL), e  professora Terezinha Ferreira de Almeida, docente do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e doutoranda do PPGEL.

Além do professor Roberto Baronas, o material foi organizado pela também docente da UFSCar, professora Fernanda Castelano Rodrigues. A equipe conta ainda com 21 estudantes de graduação em iniciação científica, de mestrado, de doutorado e até doutores já formadores e atuantes na área, que compõem o Laboratório de Estudos Epistemológicos e de Discursividades Multimodais (LEEDiM).

São eles: Carlos Alexandre Molina Noccioli (IFSULDEMINAS), Emely Larissa dos Santos (UEPG), Fernando Curti Gibin (UFSCar), Gleice Moraes Alcântara (Rede Estadual de Educação MT), Jorcemara Matos Cardoso (UFSCar), Júlia Lourenço Costa (UFSCar/FAPESP), Júlio Antonio Bonatti Santos (UFSCar), Lafayette Batista Melo (IFPB), Lauro Damasceno (UFSCar), Lilian Pereira de Carvalho (IFSP/UFSCar), Lívia Maria Falconi Pires (UNICEP/UFSCar), Marco Antônio Almeida Ruiz (USP), Mariana Guidetti Rosa (LEEDIM/UFSCar), Mariana Morales da Silva (UFSCar/CAPES), Paula Camila Mesti (Unespar), Paula Regina Dal’Evedove (UFSCar), Renata de Oliveira Carreon (UEPG), Robert Moura Sena Gomes (UFSCar), Sidnay Fernandes dos Santos Silva (UNEB), Tamires Bonani Conti (UFSCar/Fapesp) e Terezinha Ferreira de Almeida (UFMT/IFMT).

De acordo com Fernanda Castelano, a ideia da enciclopédia surgiu em março de 2020, assim que foi declarado estado de pandemia pela Organização Mundial da Saúde. Na ocasião um grupo de médicos teve a ideia de iniciar o projeto InformaSUS-UFSCar que visa contribuir com a divulgação científica em torno de questões da Covid-19. "Tendo uma formação em análise materialista do discurso eu tive a ideia de tentar fazer uma análise discursiva dos principais termos que estavam sendo utilizados de maneira polêmica desde o início da pandemia", destacou Fernanda. Objetivou-se com esse trabalho divulgar informações qualificadas sobre a Covidpara o público em geral e, consequentemente, tratar textos e oferecer uma curadoria linguística para público técnico.

Foram publicados em 2020,14 diferentes verbetes. Neste ano, através de uma demanda específica do InformaSUS, foi acrescentado o verbete "tratamento precoce". A plataforma ja teve um total de 310 mil visualizações desde seu início até julho desse ano.

O combate à desinformação

Diante de tantas notícias falsas, o projeto surge como uma fonte de informações com credibilidade ao qual a população pode recorrer para confirmar seus pontos de vista.

O professor Carlos Alexandre Molina Noccioli, do IFSULDEMINAS, ressaltou que a equipe trabalhou na construção de verbetes sobre expressões que estão em circulação na mídia, nos portais de notícias e nas revistas de popularização da ciência. "Utilizamo-nos de uma bagagem teórica da Análise do Discurso para essa significação, mas isso não aparece explicitamente nos verbetes publicados, já que a intenção é justamente ter um caráter de popularização.

Durante o ano passado, fizemos lives em que discutíamos não só as expressões em si, mas o processo de construção dos verbetes. Uma oportunidade interessante de diálogo, com momento aberto ao público para perguntas".

O projeto traz uma análise detalhada de cada um dos termos relacionados à COVID, a fim de explicar seu real significado, mostrando as matrizes de sentido que constituem cada um dos termos independente de opiniões e contextos socioculturais.

Segundo a professora Fernanda Rodrigues o projeto vai além de análises sobre as fake news, mostrando também os embates de sentidos que se dão na constituição e na circulação desses termos. Ela cita que quando tratamos de termos que "começaram a ser colocados em funcionamento depois do início da pandemia, sabemos que eles vêm carregados de posições ideológicas e são utilizados, pelos diferentes sujeitos, com marcas ideológicas da posição assumida. Então o que a gente tenta fazer nesse combate à desinformação é, principalmente, mostrar as matrizes de sentido que constituem cada um desses termos". 

Segundo os organizadores, novos verbetes já estão em análise para continuidade do projeto. Na segunda etapa os pesquisadores foram divididos em dois grupos. Um liderado pelo professor Roberto Leiser Baronas, com uma perspectiva a partir da linguística popular, e outro liderado pela professora Fernanda Rodrigues, que está trabalhando em colaboração com dois laboratórios do Instituto de Estudo de Linguagem da UNICAMP: o MulherDis - Mulheres em Discurso que estuda questões específicas de gênero e o Psipolis - Psicanálise, Política, Significante que trabalha questões específicas sobre sexualidade vinculado à psicanálise.

Nessa colaboração serão trabalhadas questões de gênero e sexualidade em contextos sobre produtividade, trabalho, violência e luto. A perspectiva dessa nova fase é que os trabalhos sejam divulgados a partir de novembro.

O trabalho futuro, bem como o atual pode ser acessado na plataforma do InformaSUS  https://www.informasus.ufscar.br/enciclopedia-discursiva-da-covid-19/


*Com informações da assessoria de comunicação do IFSULDEMINAS

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